Medicina para el alma: PINTURA DEL CANDOMBLÉ

viernes, 20 de marzo de 2015

PINTURA DEL CANDOMBLÉ

"Um lugar assustador, onde é possível ver esqueletos e ossadas afundadas na lama putrefata do lugar. É de difícil acesso, tanto para entrar, quanto para sair. Grandes raízes e cipós das árvores atrapalham o caminho. A caminhada é lenta, já que a lama chega à altura da cintura em quase toda a sua extensão. Diversas criaturas aprenderam a se locomover nessas águas, e não é difícil senti-las passar por você enquanto tenta caminhar por lá.

Como no Pântano Negro, o odor do local é pútrido. O ambiente é tomado por uma névoa densa e espessa, além de fedorenta. Além do mais, por conta dos inúmeros gases tóxicos o pântano se torna nocivo aos humanos e outras criaturas que não estão acostumadas ao ambiente.
O lugar é extenso, levando um bom tempo para ser atravessado; o que prejudica qualquer um, por causa dos gases. Dependendo do tempo de exposição à estes, a criatura pode ser "amaldiçoada" com algum efeito colateral, ou até mesmo com uma morte precoce.
Ao longe avistava-se uma estrada que brotava plantas verdes no chão, era úmido, pouca luz, coberta por intensa relva, trepadeiras, troncos caídos, um pantano, um manguezal, ao fundo uma senhora sentada sobre um grande concha com a cabeça baixa, como se estivesse cochilando, mãos apoiadas sobre o joelho, de repente ouve-se ume strondo que tirou a paz daquele reinado, era as maldades dos seres contra as pessoas de bem!
E aquela senhora nada mais era do que o Vodun Nambúkú, que despertou de um sono profundo que lhe é peculiar, mas que porém uma vez despertada por Onilé por ter recebido muitos feitiços contra um ser de Bem, resolve então invocar a senhora da ‘Lama’, a matriarca e soberana Nanã!
Que após anos em profundo sonoe paz, resolve levantar-se e erguer seu Ibírin em prol e favor daqueles que foram injustiçados e contra os malfeitores, ceifando-lhes as vidas principalmente de seus filhos, netos, pois não existe dor maior que mexerem com nossos filhos, e nesse ponto Nanã não perdoa, é o primeiro ponto do ser humano que ela toca.
É chegada a hora, Nambukú levantou-se e tudo começou a desmoronar como um quebra-cabeça sendo desmontado. O inimigo começou a ver a destruição, tudo estará sendo aniquilado e paralisado, um cataclisma, o fim de todas as coisas belas e puras do reinado roubado; os animais, as plantas que ali habitam. A mata sendo engolida pela terra por causa do tremor, o solo não aguentará o falecimento das plantas que serão brutalmente arrancadas, enquanto o bosque desmoronara. A terra gemerá em um encalço de dor lastimável e o inimigo padecerá.
Como em uma catalepsia o inimigo ficará inerte. As arvores serão arrancadas, características de Nanã, e triturará as árvores soltando uma fumaça negra através de um tubo incompreensível á mente dos que rodeiam a inimiga, trazendo o medo, horror e a devastação de um planeta indescritivelmente belo. Haverá vários Eguns, os quais se movimentarão rapidamente como se não tivessem tempo a perder; tempo para causar um estado apocalíptico de profunda exaustão planetária. A terra rugira, as plantas clamarão lamentos de dor, o céu tornar-se-á empoeirado.
Eu não terei pena, de quem não teve pena de um grande ser que nos iluminou durante sua passagem no aiyé, eu fiz Oxum, não fiz Jesus Cristo, não morrerei na Cruz por ninguém, eu sou Bem, eu sou Mal, eu mato pelos meus!

E epá epá
E Nana olu aiyé

Babalorisá Mauro Tosun - Rio de Janeiro."

José Mauro Guimaraes DE Jesus

Um lugar assustador, onde é possível ver esqueletos e ossadas afundadas na lama putrefata do lugar. É de difícil acesso, tanto para entrar, quanto para sair. Gr...

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